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terça-feira, 30 de outubro de 2007

A Imagem De Uma vida...

Uma imagem em preto e branco, embaraçada e pouco compreensível. De vez em quando eu via alguma coisa, alguma forma conhecida, uma forma pouco conhecida, na verdade (parecida com um ETzinho). Dentro daquela sala fria olhava aa imagens, mas não conseguia compreender de fato, o que era aquilo. O que era aquela imagem!? O que significava aquelas sombras, aqueles planos escuros, aqueles riscos tortuosos!? De vez em quando algo arredondado, de vez em quando um borrão, de vez em quando e novamente aquela imagem pouco conhecida. O médico, claro, sabia decifrar aquela imagem e tentava nos explicar a anatomia da bb e, baseando-me em sua empolgação (nunca vi um médico tão empolgado... rs), concluía que estava tudo bem.

Era a primeira USG (ultra-sonografia) que via, não a primeira de minha filha, mas a primeira de minha vida e lá estava ela, estava ali, num monitor menor do que uma tv de 14’ que tenho em casa e, ao mesmo tempo em que olhava para aquela imagem – que, com o tempo, passava a ser mais bem compreendida – olhava à mamãe deitada naquela maca. Eu fazia uma espécie de comparação, olhava a barriga (ainda pequena) e olhava ao monitor... olhava aquela imagem mexendo e aquele ventre e tentava imaginar a Maria (aquela imagem) dentro da mamãe...

Olhava a Maria dentro daquele monitor enquanto um filme tão confuso quanto aquelas imagens passava-se em minha mente. Pensava na vida, na tecnologia, na biologia... no amor... muita coisa, na verdade, passavam-se em minha cabeça até q disse a mim mesmo: “Minha filha está aqui, ela está aqui”, pensava, enquanto olhava a barriga e, por mais que as imagens fossem tortuosas e meus pensamentos idem, eu concluí: “Ela existe!”. Ela estava lá e aquele momento foi o primeiro, desde de o início, que tive plena certeza de que seria pai, de que a Maria, de fato, existia e estava a crescer dentro do ventre daquela muié ali deitada (e que eu tanto amava). Naquela hora, quando conclui concretamente que a Maria existia, me veio um misto de felicidade e insegurança, uma emoção (contida) que me fazia mais homem, mais responsável, que me fazia mais forte, mas que, ao mesmo tempo, me trazia a tal insegurança... “será que serei forte suficiente?! Será que estou pronto pra esta responsa!?”. Queria rir, chorar, falar que amava aquilo, que amava aquela imagem, aquela barriga, que amava minha filha e minha linda mamãe, mas, por um motivo que desconheço, contive td o que sentia e guardei dentro de mim...

Meus pensamentos foram abruptamente interrompidos quando a mamãe perguntou o séquiço e o médico disse com, segundo o próprio, 90% de certeza: Menina!!! “Eu sabia!!!”, pensei... e sabia mesmo! A mamãe tinha menos certeza do que muá, mas muá tinha certeza... rs

Naquela noite chorei muito, muito mesmo... talvez fosse emoção contida se aflorando... talvez fosse uma manifestação de felicidade, de alegria em contraste com a insegurança e a responsabilidade de ser pai...

Ali estava nossa filhota, nossa bebezinha, nossa imagem que começava a se formar de uma maneira mais concreta. A imagem de uma vida...



[Alair]

... e na 32° semana a mamãe quebra o braço.

Boa sorte com a cirurgia, my love!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Que garota alta!!!

31ª semana

Minha Gravidez Semana a Semana

A medida do feto essa semana é de 28cm e já pesa 1600g.

A estrutura óssea do bebê se fortalece. A íris que era opaca torna-se colorida. Agora o crescimento irá diminuir, o bebê ganhará peso. Conforme o bebê vai crescendo e precisando mais de espaço dentro do útero, o líquido amniótico diminui.

Nessa fase de gestação, a mamãe ainda vai sentir dores nas costas, pois os músculos de sustentação começam a contrair e relaxar.

O útero está a 11cm acima do umbigo. Dormir de maneira agradável fica cada dia mais difícil. Está chegando o dia!

O mais interessante é que 27 cm a Maria Clara já tinha na 24ª semana.... hihihihi... exatamente neste USG da foto em que se vês as bochechas dela.

Beijo procês,

Flavinha.

Ps. O love papai babão emocionou né???

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O iníco [2]

A palavra pai sempre significou muito pouco ou quase nada para mim. Sempre foi sinônimo de algo, alguma coisa, de um ser abstrato e distante. Perdi o meu (pai) muito cedo, tinha oito anos e mal o conheci e o pouco que sei é o que me falam; geralmente não é coisa boa... Conheci ele tão pouco que só vinha a lembrar dele no dia de seu aniversário, no aniversário de sua morte e no dia dos finados. Pai pra mim, na verdade, sempre foi uma página em branco. Acho que era assim mesmo que devia ser.

Então chegou a minha vez...

Lembram de como tudo aconteceu rápido? Pois zé, mas o engraçado é que tenho a impressão de que tudo foi planejado... Não parece que “aconteceu”, parece que eu e a Mamãe Babona tivemos anos de planejamento e, depois de muito analisar, chegamos a conclusão de que devíamos ter, sim, um filho... Mas a verdade é que não planejamos nada, não analisamos nada e simplesmente “aconteceu”, entretanto, foi (vem sendo) perfeito! Foi perfeito em todos os aspectos e neles incluo o início (período batizado pela mamãe como “o primeiro trimestre”), as preocupações, o medo, a nossa distância física, enfim, incluo todas as dificuldades (que nem foram tantas assim)... sim, pq, sem essas dificuldades, não teríamos aprendido a lidar com nossas diferenças, não teríamos analisado a fundo a nossa relação e, principalmente, não teríamos chegado a conclusão de que a Maria foi a melhor coisa que poderiam nos presentear.

Bom, como tudo em minha história com a Mamãe Babona, a notícia da gravidez tb foi inusitada...

Imagine vc saber, através de um bate papo no MSN com a namorada que, possivelmente (Mamãe Babona não tinha certeza da gestação), será pai! Ela não queria contar naquela hora e nem ali, no MSN, queria ter certeza antes de falar, mas eu, chato, persistente e desconfiado de algo, insisti e ela não teve outro jeito, se não revelar sua suspeita... Como expressar o que sentia!? Não havia um emotion que conseguia expressar os sentimentos que se manifestaram de um milhão de formas em muá: Medo, ansiedade, susto, felicidade, sei lá o que sentia... haja carinha feliz ou aquela com a boca aberta e olhos arregalados (xbege)... Haja emotion!!! mas nenhum desses emotion conseguia expressar o que se passava em muá... nem eu sabia ao certo o que estava sentindo... contudo, me lembro bem daquele dia e do dia da confirmação, através de um exame específico que confirmou a gravidez, de que esta linda bebe realmente estava a surgir em nossas vidas.

Do inicio para cá muito rolou e hj, sem sombras de dúvidas, a Maria é, além de um laço que nos une, o maior motivo de felicidade das nossas vidas...

Faremos a mais linda das histórias da vida de nossa filhota,. Sou um pai e uma página em branco. Era mesmo para ser assim.

Contaremos mais do “que rolou” e o que rolará com relação a esta bebezinha nos próximos capítulos...

Papai Babão.



[Alair]

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A minha golduxa e bochechuda!!!



Maria Clara com 24 semanas...



Maria Clara com 12 semanas...



Maria Clara com 6 semanas...

Então...

A idéia de escrever sobre a chegada da Maria Clara existe há alguns meses, antes mesmo de sabermos se Maria Clara era realmente Maria Clara... rsrsrsrs...
Eu resisti, inicialmente, em virtude da minha falta de ânimo para a vida em geral que me acometeu no primeiro trimestre da gestação. As pessoas bem próximas de mim, em especial o pai da princesa, podem relatar isso bem.
Passadas as nuvens negras, minha amiga Gabi ofereceu a criação do blog, mas em virtude de trabalho, afazeres gerais, e até mesmo um medo de expor minha vida em um blog (isso já foi feito antes, no Bacharel no Limbo), foram adiando a criação deste espaço.
No entanto, com as mudanças acontecendo, foi irresistível a idéia de não contar aqui como é ESPERAR MARIA CLARA. Não qualquer Maria clara, mas a MINHA MARIA CLARA, a MINHA E A DO MEU LOVE, O PAI DELA.
Então, hoje posto apenas para fazer uma introdução, mas prometo voltar contando de passado, presente e projetando o futuro, quem sabe.
Grande beijo!

domingo, 21 de outubro de 2007

O nosso começo...

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Tudo começa aqui...
Um sonho a se realizar...
Um amor que eternamente viverá...
Maria Clara

Com amor