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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O iníco [2]

A palavra pai sempre significou muito pouco ou quase nada para mim. Sempre foi sinônimo de algo, alguma coisa, de um ser abstrato e distante. Perdi o meu (pai) muito cedo, tinha oito anos e mal o conheci e o pouco que sei é o que me falam; geralmente não é coisa boa... Conheci ele tão pouco que só vinha a lembrar dele no dia de seu aniversário, no aniversário de sua morte e no dia dos finados. Pai pra mim, na verdade, sempre foi uma página em branco. Acho que era assim mesmo que devia ser.

Então chegou a minha vez...

Lembram de como tudo aconteceu rápido? Pois zé, mas o engraçado é que tenho a impressão de que tudo foi planejado... Não parece que “aconteceu”, parece que eu e a Mamãe Babona tivemos anos de planejamento e, depois de muito analisar, chegamos a conclusão de que devíamos ter, sim, um filho... Mas a verdade é que não planejamos nada, não analisamos nada e simplesmente “aconteceu”, entretanto, foi (vem sendo) perfeito! Foi perfeito em todos os aspectos e neles incluo o início (período batizado pela mamãe como “o primeiro trimestre”), as preocupações, o medo, a nossa distância física, enfim, incluo todas as dificuldades (que nem foram tantas assim)... sim, pq, sem essas dificuldades, não teríamos aprendido a lidar com nossas diferenças, não teríamos analisado a fundo a nossa relação e, principalmente, não teríamos chegado a conclusão de que a Maria foi a melhor coisa que poderiam nos presentear.

Bom, como tudo em minha história com a Mamãe Babona, a notícia da gravidez tb foi inusitada...

Imagine vc saber, através de um bate papo no MSN com a namorada que, possivelmente (Mamãe Babona não tinha certeza da gestação), será pai! Ela não queria contar naquela hora e nem ali, no MSN, queria ter certeza antes de falar, mas eu, chato, persistente e desconfiado de algo, insisti e ela não teve outro jeito, se não revelar sua suspeita... Como expressar o que sentia!? Não havia um emotion que conseguia expressar os sentimentos que se manifestaram de um milhão de formas em muá: Medo, ansiedade, susto, felicidade, sei lá o que sentia... haja carinha feliz ou aquela com a boca aberta e olhos arregalados (xbege)... Haja emotion!!! mas nenhum desses emotion conseguia expressar o que se passava em muá... nem eu sabia ao certo o que estava sentindo... contudo, me lembro bem daquele dia e do dia da confirmação, através de um exame específico que confirmou a gravidez, de que esta linda bebe realmente estava a surgir em nossas vidas.

Do inicio para cá muito rolou e hj, sem sombras de dúvidas, a Maria é, além de um laço que nos une, o maior motivo de felicidade das nossas vidas...

Faremos a mais linda das histórias da vida de nossa filhota,. Sou um pai e uma página em branco. Era mesmo para ser assim.

Contaremos mais do “que rolou” e o que rolará com relação a esta bebezinha nos próximos capítulos...

Papai Babão.



[Alair]

Um comentário:

Rêca Zucher disse...

Começa assim começa um blog e nem avisa? Que atrevimento rs...